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Crítica: The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom

Não é brincadeira dizer que é o maior Zelda já feito

Eu costumo pensar que a Nintendo é a Disney dos games, a produtora japonesa busca encantar a pessoas de qualquer idade em seus jogos e trazer a melhor experiência possível, assim como a casa do Mickey faz com suas animações, e não é diferente com The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom, como você pode conferir nessa crítica. Você irá se encantar do começo ao fim.

A retomada de uma jornada

The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom começa depois dos acontecimentos do último jogo, Breath of the Wild, com Link e Zelda investigando uma caverna que surgiu debaixo do castelo de Hyrule. Não demora muito para descobrirem que a paz no reino conquistada está ameaçada e após uma descoberta aterrorizante, A princesa some misteriosamente e nosso herói perde toda sua força conquistada no último game.

Link e Zelda no começo da aventura

Como em Breath of the Wild, após os acontecimentos, Link acorda em um lugar desconhecido sem nenhum equipamento, apenas uma Master Sword destruída e um estranho novo braço no lugar do seu. A partir daí temos uma primeira exploração nas novas ilhas flutuantes acima de Hyrule, que serve como um tutorial inicial, igual (para quem já jogou) ao Great Plateau no game anterior.

Os shrines estão de volta e com o mesmo papel do último jogo, cada um te dá uma essência que a cada quatro coletadas podem ser trocadas por mais um coração ou um aumento na barra de stamina (que continua com a mesma função, usada para correr, escalar e nadar). Temos também uma barra de bateria que é usada com os novos itens de origem Zonai espalhados pelo mapa, são foguetes, rodas, ventiladores, usados para criar métodos de transporte ou usados como armas, que quando ativos gastam a bateria.

Vai uma mãozinha?

O tema central do game (como os produtores já confirmaram) é a mão, estender uma mão para dar uma ajuda, ou aceitar a ajuda de uma mão estendida. As novas habilidades de Link vem de seu novo braço recebido e grande parte da mecânica do game: combates, puzzles e exploração, giram em torno dessas habilidades. A Ultrahand funciona como a Magnesis de BotW, mas ao invés de poder pegar apenas objetos metálicos, agora quase tudo pode ser pego e colado, dando infinitas possibilidades de criação ao jogador. Fuse permite que os jogadores façam uma fusão de qualquer objeto com suas armas e escudos, quer uma espada que congele, junte ela com um pedaço de gelo, quer fazer uma baita explosão, junte um barril explosivo a uma lança e arremesse em seus inimigos. Com a habilidade Ascend você pode mirar em um teto e “nadar” até o outro lado, muito útil quando você quer voltar rápido de uma caverna para a superfície e por último temos o Recall, um poder que permite mirar em um objeto e fazê-lo voltar no tempo, repetindo seus últimos movimentos inversamente.

Addison irá precisar de sua ajuda para instalar placas

A escolha da mão como conceito de TotK não é visto apenas no novo braço de Link, muito deste tema será visto na história do game e pode ser também ouvido em trilhas sonoras com instrumentos tocados a mão. Você irá encontrar personagens que precisarão de ajuda e mesmo que a conversa não ative uma quest, tente dar uma mãozinha a eles, como é o caso de Addison, um personagem que está em uma jornada de colocar placas pelo reino, mas não consegue mantê-las em pé tempo suficiente para instala-las, se você ajudá-lo sempre que o encontrar, ele irá te recompensar.

Escolha bem seus equipamentos 

Os equipamentos como espadas, escudos e arcos continuam com uma durabilidade e se quebram com o uso, além disso após os acontecimentos iniciais muitas das armas no mundo ficaram em um estado decadente, fazendo com que seja muito importante fundi-las para ter um poder maior e sempre guardar uma arma poderosa para uma situação mais difícil.

As roupas estão de volta tendo um papel importante tanto pra a exploração quanto para o combate. Os conjuntos que fazem você escalar mais rápido, nadar mais rápido, aumentam seu ataque, entre outros, estão todos de volta para serem achados juntos com novas vestimentas muito úteis e mais alguns presentes para os fãs da franquia, sem precisar ter uma coleção de bonecos Amiibos da Nintendo para conseguir, como da última vez.

Sim, temos Dungeons

Apesar de ser considerado um dos melhores jogos de todos os tempos, Breath of the Wild não escapou das críticas dos fãs devido à falta das tradicionais dungeons da franquia. Tears of the Kingdom atende aos pedidos e encaixa os calabouços no conceito do novo jogo, mesmo não sendo exatamente como aprendemos a gostar nos outros títulos (sem um mapa, bússola e um item importante na jornada para ser achado), até mesmo porque não encaixaria na liberdade oferecida no jogo, as dungeons são únicas cada uma com seu tema, design exclusivo, quebra-cabeças para serem resolvidos e um grande chefe para enfrentar no final.

O Wind Temple fica entre as nuvens e será um desafio para alcançar

Mesmo que possam ser abordadas na ordem que preferir, minha recomendação e também a dos personagens do jogo é ajudar em primeiro a tribo Rito, que sofre de mudanças climáticas devido ao que tem dentro do templo, e o caminho até o lugar já é um espetáculo à parte, nos fazendo pensar que é esse tipo de trecho que é tão mágico em Zelda e realmente fez falta no último game.

Novos inimigos, velhos amigos

Outro ponto fraco de Breath of the Wild era a pouca variedade de inimigos e nesta nova aventura isso também foi resolvido. As criaturas já conhecidas, como os Bokoblins e os Moblins, estão de volta e novas criaturas como os Horriblins e os Like-Likes (velho conhecido dos fãs) trazem mais variedades nas lutas e nos componentes que podemos coletar, e falando nisso, agora muitas dessas criaturas tem um chifre que são muito úteis para fundir com suas armas e conseguirmos uma combinação poderosa, como o chifre dos temidos Lynel, que aumenta muito o poder de ataque.

Vários novos inimigos serão encontrados na aventura

As criaturas antigas também foram atualizadas e tem muito mais imersão com o mundo do jogo, vemos agora, por exemplo, os Bokoblins juntando comida em uma espécie de mochila, andando em bando e seguindo seu chefe (os novos Boss Bokoblins) ou até mesmo montando a enorme criatura de pedra, Talus. Outra volta muito bem vinda são os chefes das dungeons, saem as manifestações de Ganon sem muita inspiração e entram criaturas gigantes e únicas que te esperam no final do templo.

Como o game passa na mesma Hyrule que conhecemos no último game, você irá encontrar todos os lugares explorados e muitos personagens que conheceu e ajudou anteriormente. Explorar tudo que você já conhecia tem um gostinho especial a mais para quem acompanhou a última aventura e ver lugares como Tarrey Town (que você ajuda a construir do zero em BotW)  prosperando ou a Death Mountain sem quase nada de lava, faz você querer visitar todos os cantos do reino de novo. Os estábulos também estão de volta e você ainda pode utilizar os cavalos domados no último game se tiver um arquivo salvo de Breath of the Wild no mesmo console.

Os campeões do outro jogo retornam com papéis muito mais importantes, lutando lado a lado com Link para ajudar a resolver os problemas que ameaçam suas terras. Eles te ajudam lutando automaticamente e com habilidades úteis no decorrer do jogo.

Entre os céus e o submundo

Se você achava que explorar Hyrule já tomava um tempo enorme de sua vida, então prepare-se para esta nova jornada. Além de todo o mapa do jogo anterior, podemos explorar agora as diversas ilhas flutuantes que apareceram e também o novo submundo, que tem o mesmo tamanho de Hyrule, mas em uma escuridão total.

Explorar os céus lembra muito as ilhas de Wind Waker, mas ao invés do mar e um barco temos que colocar nossa criatividade para funcionar e usar os muitos aparelhos Zonai espalhados pelas ilhas para criarmos métodos de transportes e explorar cada pedaço de terra flutuante.

O vasto submundo traz uma escuridão aterrorizante

Já o Submundo é um lugar perigoso e sem nenhuma iluminação, para explora-lo é preciso se preparar e levar bastante brightbloom seed, semente que quando arremessada, floresce e ilumina o local. Se aventurar debaixo da terra também tem suas recompensas com diversos tesouros e armas poderosas para serem coletados.

O jogo perfeito?

The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom conseguiu pegar tudo de seu antecessor e melhorar, você irá facilmente jogar dezenas de horas e ainda assim ter algo novo que ainda não explorou, Breath of the Wild te dava um mundo inteiro para explorar a vontade e agora você decide de que jeito quer explorar este mundo. Quer cavalgar como antigamente ou ir a pé? Fique a vontade, quer construir um veículo de madeira ou explorar os céus com um balão? Você também pode.

Claro que não existe um jogo 100% perfeito, você irá se confundir um pouco com os comandos na hora de movimentar e fundir objetos com a Ultrahand e as vezes podemos ter uma pequena queda de framerate, mas nada que tire o brilho de um jogo que sem dúvida alguma mereça um 10.

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The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom

Gráfico - 10
Jogabilidade - 10
Som - 10
Diversão - 10
História - 10

10

Obra-Prima

A Nintendo conseguiu se superar novamente e criar um Zelda melhor e maior do que o último. Prepare-se para passar horas em Hyrule.

User Rating: 4.3 ( 1 votes)

Diego Peters

Com uma paixão ardente por games, quadrinhos e cinema, Diego é um verdadeiro aficionado pelo mundo do entretenimento. Ele joga de tudo um pouco, mas seus olhos brilham especialmente quando o assunto são os jogos de luta e RPG. Além disso, ele é um verdadeiro caçador de achievements, sempre buscando aumentar seu gamerscore na Xbox Live. Ele está sempre compartilhando suas experiências e opiniões com a comunidade do GAMESIGA. Se você está procurando um veterano em games para te guiar nesse universo incrível, ele é o cara certo!

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