MK 11: Conversamos com KillerXinok, top 8 na EVO 2022

Na EVO 2022 tivemos alguns representantes brasileiros nos torneios do evento, entre eles Bruno “KillerXinok” Henrique, que já tinha em seu currículo o título de campeão de MK X no Combo Breaker 2018 (outro grande torneio internacional) e agora iguala com DidimoKOF a melhor colocação de um brasileiro em um torneio da EVO, ficando em 7º lugar no torneio de MK 11 Ultimate na edição de 2022. GuiExceptional e Konqueror também representaram o Brasil ficando respectivamente em 25º e 9º lugar no torneio.

Um bate-papo com KillerXinok

Nome?

Bruno Henrique.

Idade?

28 anos.

Cidade natal?

São Paulo.

Porque “KillerXinok”?

Basicamente por causa do personagem Shinnok lá na época do Mortal Kombat 4, eu e meu irmão curtíamos muito o personagem, aí quando fomos criar uma conta lá na época do Xbox360, meu irmão teve a ideia de colocar esse nome, e eu acabei usando a conta.

Quando a sua paixão por jogos de luta começou? 

Meu primeiro videogame foi um Master System III, desde aquela época eu sentia que o desafio dos videogames me chamavam muito a atenção. Mais tarde eu fui descobrir que eu adorava competição e comecei a competir em tudo o que podia.

Nesta EVO você igualou a melhor campanha de um brasileiro em um jogo principal do evento ficando em 7º lugar. Qual foi seu maior desafio nesta trajetória?

Toda luta era um desafio, muita gente não sabe, mas não tem luta fácil em major lá nos estados unidos. Eu diria que o maior desafio pra mim foi manter a paciência na luta independente do que acontecesse.

A luta contra Han Rashid no top 8 foi muito disputada e você quase venceu, analisando agora você mudaria alguma estratégia ou personagem?

Não, manteria o mesmo personagem e a mesma estratégia, errei algumas punições e um Flawless Block num pulo com chute dele, normal no meio de um campeonato.

Sabemos que seu ponto forte nos fighting games são os jogos da Netherrealm, mas você treina algum outro jogo hoje?

Eu tô treinando bastante o Multiversus, aproveitar que a Netherrealm não vai lançar nada por enquanto, e tentar aprender outro estilo de jogo. Mas é bem complicado, é literalmente outro mundo os jogos de plataforma.

A dez anos atrás você acreditava que seria possível chegar onde você chegou?    

Não imaginava isso não, 10 anos atrás, jogando campeonato em eventos de Anime, pra ganhar camiseta, vale compra em livraria, prêmios que eles podiam dar na época, pra chegar num nível do que a gente vê hoje em dia, do Brasil se tornando um potencial mundial nos jogos de luta, é gratificante demais de ver.

Como é a rotina de um jogador profissional de Mortal Kombat 11?

O MK 11 depois que você pega o macete do jogo, raramente precisa treinar diariamente, eu mesmo, antes de ir pra EVO, tava há uns 10 dias sem jogar MK11, só jogando Multiversus. Então não tem uma rotina específica assim.

Como é a sensação de representar o país internacionalmente tantas vezes? 

O que eu mais quero com isso é que mais empresas façam ser possível pra outros jogadores e pra mim também, com patrocínio.

Só tenho a agradecer meu time Venon Flow e a empresa MillDesk por ter feito isso ser possível, levar o Brasil num patamar tão grande é o que eu sempre sonhei, ter a possibilidade de ter várias chances de isso ser possível seria melhor ainda. 

O que você diria para quem está começando?

Essa é a melhor hora e o melhor jogo pra começar, vários campeonatos online de graça, o jogo em si é mais acessível do que os outros jogos da Netherrealm. Muito talento pode nascer no MK 11.

Para o ano que vem você pretende focar em algum outro jogo para competir como Multiversus ou Street Fighter 6?

Se vier o Zangief com o golpe da mão verde eu jogo SF6, se não, não vejo nenhum personagem que me anime tanto pra começar a treinar ele por enquanto. Multiversus eu vou jogar com certeza, talvez aprender outro personagens também, atualmente jogo de Jake.

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