Quando cheguei nas terras intermédias, local onde se passa Elden Ring, pela primeira vez logo após a introdução do jogo pensei que não seria um jogo tão difícil quanto os outros da FromSoftware, não seria possível que aquela bela paisagem com animais que fogem quando chegamos perto escondesse tantos perigos. Ledo engano, o primeiro cavaleiro que vejo logo descubro que já é um Boss opcional do game e ainda sem nenhuma montaria para rivalizar tenho que fugir com o rabo entre as pernas e começo a perceber o porquê do pedido de desculpas de Miyazaki para os jogadores, mas isso não é uma crítica e só me deixou com mais vontade de explorar o que o jogo tem a oferecer.
Quando você começa a aprender como tudo funciona percebe que facilmente poderia ter sido chamado de Dark Souls 4, é como se tudo que conhecemos da série Souls evoluísse para um mundo aberto, as almas recebidas quando derrotávamos um inimigo se tornaram runas e as fogueiras substituídas por locais de graça perdida que quando localizadas são recuperadas.
Claro que a evolução do jogo não é só no mapa gigantesco, alguns incrementos na gameplay fazem a diferença, agora podemos pular livremente, andar agachado para surpreender inimigos, cavalgar e invocar espíritos que podem ajudar nas batalhas, de agora em diante será inadmissível jogos Souls sem esses recursos hein FromSftware! Outro ponto importante é a flora e a fauna do game, animais e criaturas inofensivas que fogem quando chegamos perto ou nem ligam para nossa presença e diversos materiais que podemos recolher de plantas, flores e também dos animais e monstros abatidos que podem ser usados em um sistema de fabricação de itens.
Voltando a dificuldade do jogo, os combates em Elden Ring são brutais como todos os títulos da empresa, inimigos comuns podem causar um grande estrago principalmente se eles se juntarem e um erro em batalha as vezes pode ser fatal principalmente contra os famosos bosses da From, confesso que de cara fui um pouco apressado e em quase duas horas cheguei no primeiro Boss da história, como já tinha experiência desde o primeiro Dark Souls (não tive a oportunidade de começar por Demon’s Souls) imaginei que não teria muita dificuldade contra ele, me enganei completamente, depois de apanhar 5 vezes desisti e fui explorar mais do vasto mapa, a liberdade não é brincadeira todos os locais estão disponíveis para explorar mas claro que não é muito aconselhável principalmente com a possibilidade de ser derrotado com um ou dois golpes de algumas criaturas em locais mais avançados. Após mais umas seis horas de exploração e nove chefes opcionais abatidos voltei e derrotei aquele primeiro Boss, logo senti uma ótima sensação de esforço retribuído.
Um dos pontos que me preocupou quando descobri que seria um jogo de mundo aberto foi com o level design que nos outros jogos soulslike são importantes para a sensação de perigo constante, um passo em falso em uma batalha ou explorando é morte na certa e se não tomar cuidado pode ser encurralado contra inimigos que não param de te atacar, mas quando entrei no castelo Tempesvéu após abater o primeiro chefe percebi que a preocupação era à toa, o castelo e desafiador e cheio de cantos para explorar.
Lógico que temos uma falha ou outra, joguei a versão de Xbox One e as vezes demorava um pouco para carregar alguns cenários e NPCs e quando tem diversos inimigos é fácil de se perder tentando ajustar a câmera e acabar trocando a mira para outro oponente mas são pequenos problemas que não conseguem diminuir nem um pouco o brilho do jogo.
Falando agora um pouco da história de Elden Ring, você é um maculado, um ser que que possui a missão de ir atrás do anel prístino e se tornar um lorde prístino, como é comum nos jogos da FromSoftware o começo te situa rapidamente com a história em torno do jogo e se você se interessar vai ter um pouco da lore daquele universo em cada canto mas se só curtir a gameplay pode jogar sem se preocupar com esses detalhes. A contribuição de George R. R. Martin está presente no jogo e vemos nitidamente isso quando nos é apresentado a Mesa Redonda, local que funciona como o Santuário do Elo de Fogo em Dark Souls 3, um local onde os lordes se encontram e tem que ser respeitado uma trégua, conhecemos NPCs como Hewg, o ferreiro aprisionado pelos lordes que irá melhorar suas armas entre outras funções e Fia (cuidado com seu gesto de carinho) que é apresentada rapidamente na primeira cutscene, também neste local temos obviamente uma mesa redonda com diversas armas enfincadas em seu centro formando um círculo e lembrando automaticamente um certo trono de ferro.
Então concluindo, Elden Ring é grandioso que com certeza será tema de conversas durante os próximos anos, mestre Miyazaki não errou quando disse que mais jogadores irão terminar este game, não porque ele é mais fácil que seus outros títulos mas sim porque sem duvidas conquistará uma nova legião de fãs.
- Xbox Update de Março: atualizações de controle, áudio e mais
- Ghostrunner: Project_Hel disponível para Xbox
- Xbox Wire Chega oficialmente no Japão
- Street Fighter 6 é anunciado pela Capcom; confira o trailer
O que você achou desta notícia? Deixe sua opinião nos comentários.